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domingo, 21 de novembro de 2010

ZUMBI DOS PALMARES: O GRANDE HEROI DO BRASIL    
20 de Novembro - Dia da Consciência Negra 
                                 
Por Patricia Grinberg- fotos Toni Ormundo
      Assim como Tiradentes e seus corajosos companheiros de revolta contra a dominação imperial portuguesa, assim como Chico Mendes, um herói de nossos tempos que lutou pelo direitos dos povos da floresta e pela natureza, Zumbi dos Palmares foi um grande herói da historia do Brasil.  Muito sabemos da vida dos ídolos do futebol, e quanto conhecemos da historia desses verdadeiros heróis?
     Eram os tempos da escravidão, quando os traficantes de escravos seqüestravam negros na África e os traziam nos porões dos barcos, acorrentados, para trabalhar no Brasil que nessa época era dominado por Portugal. O açúcar que os escravos produziam tinha um sabor amargo, de sangue, torturas e mortes.  Certa vez, no sul de Pernambuco, 40 escravos se rebelaram e se juntaram para fugir. Os fugitivos caminharam léguas e léguas. Chegaram a uma serra de muitas palmeiras, onde hoje se localiza o estado de Alagoas e acamparam.  Assim nasceu o Quilombo (em língua africana: acampamento ou fortaleza) dos Palmares, no ano 1597.
     Palmares cresceu, os 40 viraram mil, quem fugisse já tinha para onde ir, fosse negro ou fosse índio. Os fazendeiros e o governo tentaram muitas vezes destruir o Quilombo dos Palmares, mas não conseguiam. Eles estavam organizados, tinham um chefe chamado Ganga Zumba.  Ganga, em língua quimbundo, falada na     África, quer dizer rei.
      Zumbi nasceu num dos mocambos (aldeias) do quilombo, por volta de 1655. No Brasil da escravidão e a dominação colonial, o menino nasceu livre, porque em Palmares não havia escravos nem colonialismo. Um dia uma expedição inimiga entrou na aldeia e queimou casas, degolou crianças e velhos.  Um menino de meses escapou de morrer e foi entregue pelo comandante a um padre, quem o batizou como Francisco, em homenagem a São Francisco de Assis.  Com o padre, o menino aprendeu matemáticas, historias da Bíblia e latim.
     Mas quando fez 15 anos, Francisco sentiu o chamado de suas raízes. Retornou a Palmares e  escolheu seu novo nome: Zumbi.  Com 19 anos era chefe de um mocambo e pronto foi promovido a comandante das armas, o general mais jovem da historia brasileira. Ele era considerado uma espécie de líder espiritual e guerreiro.
     O chefe Ganga Zumba foi enganado pelos portugueses: prometeram-lhe que se abandonava a luta, eles iam libertar aos negros e índios nascidos em Palmares e lhes dariam terras para viver e trabalhar. Ganga Zumba aceitou e se mudou para uma fazenda chamada Cucaú, mas foi traído: grileiros entraram nas suas terras e botaram fogo nas roças. Zumbi não se deixou enganar e continuou lutando. Apesar dos ataques, os palmarinos resistiram cerca de 100 anos. Acredita-se que o quilombo abrigava uma população superior a 20 mil habitantes que plantavam, criavam porcos e galinhas e comerciavam com os povos vizinhos.  Alguns mocambos chegavam a ter mais de 2 mil casas.
     O rei de Portugal  mandou oferecer as pazes a Zumbi. Podia morar em liberdade onde quisesse, era só parar de lutar. Mas Zumbi queria uma terra sem escravidão.  Os anos seguintes foram sangrentos, com o envio de varias expedições contra Palmares.  Nenhuma, porem, teve sucesso. O rei mandou então  contratar um bandeirante, Domingos Jorge Velho, para acabar com Palmares.  A capital de Palmares ficava na Serra da Barriga (Alagoas).     Foi uma longa batalha, os atacantes conseguiram entrar a Palmares e mataram centenas de quilombolas.eram canhoes, fuzis e espadas contra arcos, flechas e lanças dos corajosos palmarinos.
     Ferido, Zumbi conseguiu escapar junto à parte do seu exército, mas um dos seus guerreiros, chamado Soares, foi preso e torturado pelos inimigos até que levou aos bandeirantes ao esconderijo de Zumbi, que foi assassinado a punhaladas no dia 20 de novembro de 1695, hoje Dia Nacional da Consciência Negra.  Sua cabeça foi enviada para Recife e exposta em praça publica, n o alto de um mastro, para servir de exemplo a todos os escravos.
      Palmares foi uma verdadeira Republica Livre da Escravidão dentro do Brasil colonial. A semente de Zumbi germinou lentamente até a abolição da escravidão com a Lei Áurea (13 de maio de 1888). Desde então, a escravidão é proibida no Brasil, e por lei o trabalhador não é propriedade do patrão, senão um cidadão livre de ter sua própria maneira de pensar, seus direitos e deveres.  Uma luta que ainda continua.
     Até a abolição da escravidão, em 1888 (quase no século XX !), os africanos e seus descendentes escravizados continuaram resistindo ao trabalho forçado, fugindo e formando quilombos.  Em todo Brasil, hoje existem comunidades formadas por descendentes dos antigos quilombolas.  De acordo com lei, as Comunidades Remanescentes dos Quilombos tem direito as terras que ocupam.  Mas, como os outros povos e comunidades tradicionais (indígenas, pescadores, extrativistas, moradores de fundo de pasto) seu direito à terra está continuamente ameaçado por latifundiários e empresas interessadas em explorar bens naturais como minérios, madeiras e plantações de monoculturas como eucaliptos e cana de açúcar. São povos em perigo de extinção.  As comunidades quilombolas do antigo território do Sapé do Norte (municípios de São Mateus e Conceição da Barra) no Espírito Santo vêm lutando há anos para não ficar ilhadas pelas plantações de eucaliptos da Aracruz Celulose (atual Fibria).  A luta, hoje, e pela defesa da sociobiodiversidade, a diversidade biológica e social.  A supervivência digna  das comunidades quilombolas implica manter viva a memória histórico-cultural do Brasil e reivindicar minimamente aos herdeiros da luta de Zumbi e seus bravos guerreiros.  

Fonte: A vida do Zumbi dos Palmares- Ministério da Cultura-Fundaçao Cultural Palmares


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